‘Estou preparado para ouvir a Polícia Federal tocar a campainha às 6h da manhã’, diz Bolsonaro

Foto: Cristiano Mariz/Infoglobo

O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a mencionar, nesta semana, seu receio de ser surpreendido pela Polícia Federal em sua residência. Em entrevista à revista americana Bloomberg, publicada nesta quinta-feira (30), Bolsonaro afirmou que, embora a possibilidade de uma abordagem não afete seu sono, ele se mantém em alerta.

“Durmo bem, mas já estou preparado para ouvir a campainha às 6h da manhã: ‘É a PF!’”, declarou o ex-presidente, que foi indiciado no fim de 2023 no inquérito da Polícia Federal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Na semana passada, Bolsonaro já havia abordado o tema ao conceder entrevistas a canais alinhados ao bolsonarismo, onde comentou sua inelegibilidade e criticou o que classificou como “perseguição” do Judiciário.

No dia 23, ao canal Fio Diário, ele afirmou que sua passagem pela Presidência deixou marcas e que a rotina no cargo era desafiadora. Segundo ele, acordava diariamente com a sensação de que a PF poderia estar à sua porta. “Eu digo, e alguns até criticam: não é fácil ser presidente. (Perguntam) ‘Se é tão difícil, por que você quer voltar?’. Porque quero ajudar o meu país. Como você acha que eu acordava todos os dias? Com a sensação de que a PF estava na porta! Qual a acusação? Não interessa!”, enfatizou.

O ex-presidente já acumula três indiciamentos pela Polícia Federal. O primeiro, relacionado à fraude no cartão de vacinação, envolve a inserção irregular de dados no sistema do Ministério da Saúde para beneficiar Bolsonaro e aliados, supostamente articulada por seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. O segundo indiciamento diz respeito ao caso das joias, no qual Bolsonaro é acusado de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. De acordo com a PF, o esquema envolveu a entrada irregular de joias recebidas durante seu mandato, sua posterior venda ilegal e a participação direta de Mauro Cid.

Por SergipePolitica.com.br com informações do Correio Braziliense

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